Por serem os únicos elementos de contacto entre o veículo e o solo, os pneus são fatores determinantes para a estabilidade do carro e, consequente, segurança dos passageiros. É por isso que o seu estado de conservação nunca deve ser desprezado pelo condutor.
Se há componentes que necessitam de um acompanhamento regular, as rodas estão entre eles. É aconselhável, pelo menos, uma inspeção mensal para garantir que tudo está bem com os pneus do seu carro. Quanto mais vigilância houver, menor é o risco de vir a sofrer um acidente. É uma questão de prudência e segurança
A longevidade de um pneu também depende dessa observação regular, pois esta pode permitir identificar eventuais anomalias. Caso estas existam, a intervenção do automobilista, na tentativa de resolução do problema, será mais atempada; tendo, por vezes, que colocar o veículo nas mãos de profissionais.
Quatro sinais
Independentemente do fator que possa acelerar o processo – seja o estilo de condução, as condições da estrada, a manutenção deficiente ou o próprio clima –, importa ter em consideração que há um momento em que o ciclo de vida do pneu termina. Perceba quando é que isso acontece e quando deve, por isso, proceder à troca de pneus:
1 – Atingiu o limite do desgaste. O principal composto do pneu é a borracha. Sendo este um material de desgaste, atingirá sempre um fim. Esse fim está determinado por lei: 1,6 milímetros de profundidade. A maioria dos pneus possui indicadores de desgaste (pequenas barras de borracha rígidas, observáveis quando o piso baixa até ao mínimo), que facilitam a perceção: abaixo desse valor é desaconselhável seguir viagem.
2 – Consumo irregular do piso. É preciso ter atenção a um eventual desgaste anormal dos pneus – nas laterais, no centro ou mesmo de um pneu relativamente ao seu par no eixo. Isso pode acontecer por vários motivos: estilo de condução, pressão inadequada ou problemas mecânicos associados à suspensão, transmissão ou equilibragem. Nesses casos, recorra a especialistas para identificar e eliminar a causa. O desgaste identificado pode ser razão suficiente para substituir os pneus.
3 – Furo ou dano grave. A necessidade de colocar o pneu sobresselente ou de usar o kit de reparações é imperiosa nestas situações. Há furos, no entanto, que, pela sua extensão e localização, não são passíveis de reparação – por exemplo, no flanco, superiores a 0,64 centímetros. Nestes casos, o melhor é dirigir-se a uma oficina, até porque o furo pode não ser o único dano existente. Um corte mais profundo ou uma deformação pode acontecer e tornar inviável a circulação. Atenção: nunca deve conduzir com um pneu danificado.
4 – Marcas de envelhecimento. Os pneus também envelhecem. A sua fadiga manifesta-se exteriormente, alterando a sua aparência, sendo a borracha ressequida um dos sinais mais visíveis. Há vários fatores que conduzem a esse estado, que pode levar a uma perda de aderência e à redução da segurança na estrada, nomeadamente: condições de armazenagem e de uso, velocidade, carga, condições climatéricas, entre outras. Por precaução, é aconselhada a troca dos pneus ao fim de dez anos de vida – ver na lateral a data de fabrico.
Troque dois ou quatro
Agora que já sabe quando trocar os pneus do carro, é importante reter que o ideal é substituir os quatro pneus de uma vez só ou, pelo menos, dois de cada vez – ambos do mesmo eixo. Estes devem ser sempre iguais, no que respeita à marca, dimensões e índices de carga e de velocidade. Não se esqueça, também, de colocar os pneus novos sempre na traseira, de forma a garantir uma maior segurança e melhor desempenho do carro. Aconselhe-se em qualquer oficina Euromaster do país.